Coração de mãe

O Coração de uma mãe amorosa é também um coração cheio de medos. Penso que três deles são os maiores:

O primeiro é o medo de não ser.

O medo de não ser uma boa mãe para aquele filho. É esse medo que está por trás da cobrança por dar conta de tudo, da tristeza por não conseguir amamentar, da culpa por ter que voltar ao trabalho e se despedir na porta da creche ou receber a mensagem: ele deu os primeiros passos.

O segundo é o medo de faltar.

Mesmo falhas, limitadas e imperfeitas, fomos casa para eles e gostaríamos de ser para sempre lar, abraço e aconchego quando precisarem. Talvez, nunca tenhamos experimentado esse medo de forma tão intensa antes de termos filhos.

O terceiro é o medo de perder.

Perder um filho para a doença, para a maldade desse mundo, para um caráter fraco.

O problema não é temer, mas o que o temor faz de nós.

Então, que o medo de não ser não te faça escrava do discurso social da mãe perfeita, do marketing que vende a promessa de que você é única e exclusiva responsável pelo futuro brilhante do seu filho. Querer ser uma boa mãe não é um problema, mas é adoecido achar que cada passo nosso é dado em direção ao erro. Que o medo de não ser te faça enxergar que para ser é preciso se enxergar e cuidar de si para oferecer a um filho disposição afetiva.

Que o medo de faltar não te lance num vazio de sentido, mas que te obrigue a viver hoje onde você estiver. E viver bem. Não esqueça de tomar água, um pouco de sol e fazer aquela caminhada, fazer seus exames.

Que o medo de perder não te sufoque ao constatar que não é seu o poder de determinar a permanência da vida. Mas que te lembre que só temos o agora para amar. Abrace mais, sorria mais, a qualquer hora, sem procurar motivos.

Ah, não se esqueça de cultivar a esperança todos os dias! Ela vence todo medo.

 

Texto de Roseli Mendonça

O significado de ser mãe

A gente não sabe nada sobre nossa fortaleza até nos tornarmos mães. Antes da maternidade, acreditamos sempre que vivemos momentos felizes e cansativos com muita intensidade. Com a chegada do bebê, vivemos a forma mais pura do amor. Mas também entendemos que o de antes era nada em comparação com a nova vida. As noites mal dormidas é só um exemplo de tudo o que muda em nossas vidas. Tiramos força de onde não parece haver. Então nos perguntamos: qual o significado de ser mãe? Basta pensarmos: de que as mães estão feitas?

As mães estão feitas de…

– Uma memória capaz de recordar cada momento maravilhoso.

E quem se esquece do momento em que viu pela primeira vez a cada de seu filho? E quando disse a primeira palavra? Quando começou a andar, quando caiu o primeiro dente… Isso sem contar os momentos que vem do coração, como um forte abraço inesperado ou a intensa troca de olhar durante a amamentação.

– Um olfato que sente a quilômetros quando algo não vai bem.

“Bem que você dizia…”. Quantas vezes falamos isso a nossa mãe. Parecia sentir de longe que vinha o problema. Em nossa casa costumávamos dizer que era vidente. E, se algo não ia bem, seu olfato estava ligado.

– Uma boca que sempre sabe o que dizer.

Para qualquer momento, nossas mães sempre tem a palavra certa para nos dizer. Nas situações felizes, divide conosco a felicidade. E naquelas de tristeza, está ali para nos consolar. Suas palavras sempre nos curam e nos dão ânimo.

– Braços que consolam qualquer coração partido.

Que delícia é o abraço de mãe! É amor, é afago, é consolo… é tudo! Cada vez que tivermos oportunidade, deveríamos nos jogar nos braços de nossa mãezinha. Deixar que nos mime e nos cuide.

– Um olhar que te diz tudo sem falar.

Seja para aprovar ou reprovar uma atitude nossa, o seu olhar nos basta. Se fazemos algo bonito, seus olhos brilham de orgulho e satisfação. Se falhamos em algum momento, com um simples olhar, nos coloca os limites necessários para que aprendamos.

– Ouvidos que jamais se cansam de escutar.

Já terá passado com você que, em algum momento, você quer descansar e sua mãe quer que continue contando cada detalhe da história. É curiosa! Está pronta a nos escutar a qualquer instante. Ama que compartilhemos com ela nossas alegrias e tristezas.

– Um coração que não cabe no peito.

Uma mãe dá sua vida pelo seu filho. Quando o bebê nasce, surge essa entrega maravilhosa. É como um divisor de águas em sua vida. Muitas vezes se esquece dela mesma para cuidar de seu bebê. É capaz de fazer de tudo para que o filho seja feliz.

– Mãos que curam o que tocam.

Que sensações maravilhosas da infância, quando caíamos e, ao lado, estava nossa mãe. Suas mãos e seu beijinho curavam as feridas. Era alento. Era o consolo para seguir em frente e esquecer a dor.

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